Dieta nervosa

Para isso,
eles foram alimentados com uma dieta enriquecida com o popular ácido graxo
ômega-3 e com curcumina, um composto encontrado no açafrão (ou cúrcuma).
Segundo os
cientistas da Universidade da Califórnia de Los Angeles, o suplemento ajudou a
reparar as células nervosas e manter a função neurológica depois de danos
degenerativos na região do pescoço.
No ser humano,
danos similares são causados pelo envelhecimento.
Com isso, os
cientistas apontam mecanismos preventivos de combate à condição por mudanças na dieta, em
vez de tratamentos farmacológicos ou cirúrgicos posteriores, que geralmente não
alcançam os resultados esperados.
Açafrão
com ômega-3
"O
envelhecimento natural frequentemente estreita o canal espinhal, fazendo
pressão sobre a medula espinhal e danificando os tecidos," explica o Dr.
Langston Holly, coordenador do estudo.
"Embora
uma cirurgia possa aliviar a pressão e evitar danos maiores, a cirurgia não
consegue reparar danos às células e às fibras nervosas. Nós queríamos ver se
uma suplementação dietética poderia ajudar a medula espinhal a reconstruir-se a
si própria," completa.
E por que eles
escolheram o açafrão e o ômega-3?
O ácido docosahexanoico (DHA) é um ácido graxo com poder para
reparar as membranas celulares - ele vem apresentando bons resultados também
para prevenir o Mal de Alzheimer.
Já a curcumina
é um poderoso antioxidante que, além de evitar inflamações, é um reforçador do sistema imunológico, destroi células do câncer e
está sendo usado também contra o câncer de pele.
Mielopatia
cervical
Nas cobaias,
os pesquisadores simularam a mielopatia cervical, uma condição progressiva que
é a principal causa de dificuldades de andar em pessoas com idade acima dos 55
anos.
A mielopatia
cervical pode levar a sintomas neurológicos debilitantes, como problemas para
andar, dores no pescoço e nos braços e fraqueza nos membros.
A dieta
conseguiu eliminar o problema nas cobaias.
"O DHA e
a curcumina parecem acionar vários mecanismos moleculares que preservaram as
funções neurológicos nos animais," disseram os pesquisadores. "Este é
um primeiro passo encorajador para entender o papel da dieta na proteção do corpo contra doenças neurológicas."
Fonte: Diário
da Saúde