
Os suplementos alimentares fornecem
nutrientes, vitaminas e outras substâncias ao organismo em situações em que a
alimentação não é capaz de suprir as necessidades de forma adequada. No
entanto, os especialistas alertam: os efeitos da superdosagem de vitaminas
podem ser piores que os da falta delas.
Os mais utilizados são os
polivitamínicos que podem ser utilizados em dietas desequilibradas, em que há um baixo
consumo de frutas, hortaliças, peixes e cereais integrais, para compensar a
eventual carência de vitaminas, minerais e ácidos graxos essenciais.
Outras aplicações
Não apenas os polivitamínicos são
considerados suplementos alimentares. Entre os diversos tipos existentes, dra.
Lilian Morimitsu, do Hospital Santa Cruz, cita os hipercalóricos (voltados para
quem precisa ganhar peso), os proteicos (para aumento da massa muscular, muito
populares nas academias), e os hormonais (para reposição hormonal e outras
prescrições).
Por isso, também podem se beneficiar
atletas profissionais e portadores de doenças crônicas que sofrem com a perda
acentuada de peso e outras alterações, por exemplo.
Em geral, estes produtos são obtidos
exclusivamente com receita médica. É o caso dos suplementos
proteicos, que não podem ser vendidos livremente, como determinou a Anvisa
(Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em 1998.
Riscos ignorados
Embora benéficos, quando usados sem
prescrição médica ou sem orientação profissional, os suplementos podem fazer
mal à saúde. De acordo com os especialistas, a superdosagem de vitaminas
é pior do que a própria falta da substância, já que em quantidade exagerada,
elas podem ser tóxicas e causar danos, como sangramentos e distúrbios
neurológicos.
Interação com medicamentos
Também é preciso considerar a
influência de outros medicamentos, doenças preexistentes e condições gerais de
saúde. “Doses elevadas de
vitamina E podem aumentar o risco de hemorragia em cardiopatas que utilizam
anticoagulantes”, exemplifica
dra. Lilian Morimitsu, do Hospital Santa Cruz.
“Outro grupo sujeito aos riscos,
quando não há supervisão médica, é o de gestantes. O uso excessivo e
indiscriminado de vitaminas C e E pode ser deletério”, afirma. Da mesma forma, os idosos
também devem ser cuidadosos, uma vez que geralmente fazem uso de vários
medicamentos e podem apresentar uma fragilidade maior em alguns órgãos, como
fígado e rim.
Suplementação natural
Os especialistas são unânimes ao
afirmar que todas as substâncias necessárias para a manutenção e funcionamento
do organismo podem ser obtidas por meio das refeições, que, inclusive,
representam uma fonte mais saudável. O mesmo vale para vegetarianos e indivíduos
com restrições alimentares (intolerância à lactose e ao glúten, por exemplo).
• Zinco:
o mineral é um importante constituinte de enzimas antioxidantes, substâncias
que atuam no cérebro e contribuem com a manutenção e melhora da função
cognitiva. Pode ser encontrado em carnes, ovos e peixes.
• Magnésio:
necessário para a composição de mais de 300 enzimas, o mineral auxilia na
transmissão de impulsos nervosos e no estabelecimento de novas conexões pelos
neurônios. Tem potencial para melhorar a aprendizagem e a memória,
segundo estudos preliminares. Frutas, legumes e verduras são algumas de suas
fontes.
• Coenzima
Q10: aproximadamente 95% da energia total que o corpo precisa
para realizar suas funções é ativada pela coenzima, que também possui função
antioxidante. Disponível em carnes, ovos e peixes.
• Ômega-3:
demonstrado por pesquisas clínicas, a ingestão regular destes ácidos graxos
reduz os níveis de triglicérides no sangue e aumenta os níveis de HDL
(colesterol bom). Encontrado em peixes e óleos de peixes de origem marinha.
Fonte: portal.crfsp.org.br - (com informações UOL)