
As bactérias, que pertencem à família das Estreptomicetáceas, foram isoladas do fungo cultivado para alimentação da colônia pelas formigas Tetraponera penzigi.
"Essas formigas quenianas vivem em simbiose com as acácias espinhosas. Elas vivem e se reproduzem em domácias - estruturas ocas que a planta desenvolveu para abrigá-las - e cultivam fungos para a alimentação. Em troca, as formigas protegem as plantas contra grandes herbívoros, incluindo elefantes, que não comem plantas cobertas de formigas," contou o professor Matt Hutchings, da Universidade East Anglia (Reino Unido).
As novas bactérias foram batizadas de Streptomyces formicae e os novos antibióticos de formicamicinas.
Contra as superbactérias
Testes de laboratório mostraram que as formicamicinas são eficazes contra as Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) e Enterococcus resistentes à vancomicina (VRE), bactérias resistentes a vários antibióticos comuns e que podem causar infecções fatais.
Os testes foram repetidos cultivando as cepas de bactérias por 20 gerações em concentrações muito baixas de formicamicinas, insuficientes para destruir as bactérias, de forma a checar se os microrganismos desenvolviam resistência contra o antibiótico. Mas não houve nenhum sinal de resistência espontânea ao novo antibiótico.
"Nossos resultados destacam a importância de pesquisar ambientes ainda pouco explorados que, quando combinados com os recentes avanços no sequenciamento e edição do genoma, possibilitam a descoberta de novas espécies que produzem antibióticos de produtos naturais que podem se mostrar de valor inestimável na luta contra a resistência bacteriana," disse o professor Barrie Wilkinson, do Centro John Innes, coautor do trabalho.
Com informações do Diário da Saúde
Nenhum comentário:
Postar um comentário