
O achado efetuado no âmbito de um estudo conduzido pela organização Saúde Nacional Judaica, EUA, ajuda também a perceber porque é que aqueles tipos de doenças afetam mais as mulheres do que os homens e poderá conduzir a um alvo terapêutico para prevenir as doenças autoimunes nos humanos.
A equipe de investigação daquela instituição tinha anteriormente efetuado um estudo, liderado por Philippa Marrack, diretora de Ciências Biomédicas, em que identificou um subtipo de células B (as células B desempenham um papel nas doenças autoimunes) que se acumulam em pacientes autoimunes, em ratinhos fêmea idosas e autoimunes.
A equipe denominou este subtipo de células de Células B Associadas ao Envelhecimento ou ABC. Estudos subsequentes demonstraram que o fator de transcrição T-bet desempenha um papel fundamental no surgimento das células ABC.
Os fatores de transcrição ligam-se ao DNA dentro das células e causam a expressão de um ou mais genes. Os investigadores consideram que o T-bet aparece dentro das células quando uma combinação de receptores na superfície das células B – TLR7, interferon gama e o receptor da célula B – são estimulados.
No novo estudo “os nossos achados confirmam que as Células B Associadas ao Envelhecimento (ABC) desencadeiam a doença imunitária”, avançou Kira Rubtsova, instrutora de Ciências Biomédicas na Saúde Nacional Judaica.
“Demonstramos que o fator de transcrição T-bet expresso por células B faz com que as ABC se desenvolvam. Quando suprimimos o T-bet expresso por células B, os ratinhos com propensão para desenvolverem doença autoimune continuaram saudáveis. Pensamos que o mesmo processo se verifica em humanos com doença autoimune, mais frequentemente em mulheres idosas”.
“Os nossos achados demonstram pela primeira vez que as ABC não só estão associadas com a doença autoimune, mas também a causam”, concluiu.
Com informações de ALERT Life Sciences Computing, S.A.
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